segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Muito além de historinhas...

Muito mais do que um produto infantil os mangás, histórias em quadrinhos japonesas, são produtos repletos de elementos referentes à cultura e identidade daquele país. Os mangás se tornaram populares no Brasil devido ao sucesso dos animês, desenhos animados japoneses na mídia brasileira, principalmente associado à veiculação massiva de produções nipônicas pela extinta Rede Manchete de Televisão, e ao sucesso atingindo particularmente pelo anime “Os cavaleiros do Zodíaco a partir de 1994. Os mangás passam a ser publicados no Brasil a partir do ano 2000, com sucesso de títulos como Os Cavaleiros do Zodíaco (Ed. Conrad) e Samurai X (JBC). Os mangás apresentam várias características que os diferenciam dos quadrinhos ocidentais, sendo uma das mais marcantes a orientação de sua leitura que segue os padrões japoneses (da direita para a esquerda). Além disto, encontramos nele representados o espaço geográfico japonês, bem como a sociedade japonesa e suas relações. As distintas formas como os personagens interagem, seus modos de vida e costumes, suas tradições, seu folclore, sua história, etc. Desta forma, sua estrutura é muito mais complexa do que pode ser compreendida pela simples denominação de uma mera historinha, mangás como Samurai X apresentam uma classificação própria de mangás de cunho histórico, por exemplo, em que se enquadram as revistam que utilizam elementos da história em suas produções. No caso nessas revistas são retratados período da história japonesa, sendo comumente encontrados personagens históricos representados nas mesmas, como os casos de Hajime Saitou (membro do Shinsengumi) e Aritomo Yamagata (primeiro Ministro do Exército na Era Meiji), que aparecem no Mangá Samurai X, que retrata o período pós Restauração Meiji, o início de uma nova era, com a aproximação do ocidente. Tornando esses produtos, mais que uma revistinhas, verdadeiras aulas de geografia e história.

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